É
preciso entender a natureza da psique e como ela funciona.
O
que é psique?
A personalidade
é composta por três elementos e que não fazem parte do cérebro.
Modelo
estrutural da personalidade
Id (em alemão: es,
“ele, isso”): O id é a fonte da energia, psíquica, a libido. O id é
formado pelas pulsões, instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes.
Ele funciona segundo o princípio do prazer (Lustprinzip), ou seja, busca
sempre o que produz prazer e evita o desprazer. Não faz planos, não espera,
busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não
conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na
fantasia pode ter o mesmo efeito de uma atingida através de uma ação. O id
desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo,
cego, irracional, antissocial e dirigido ao prazer. O id é completamente
inconsciente.
Ego (ich,
“eu”): O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir
que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo.
É o chamado principio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o
planejamento e a espera ao comportamento humano. A satisfação das pulsões é
retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo
de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do ego é
buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a
supervisão/realidade/repressão do superego.
Superego (Über-Ich,
“super-eu”, “além-do-eu”): A parte moral da mente humana e
representa os valores da sociedade. O superego tem três objetivos: (1)
reprimir, através de punição ou sentimento de culpa, qualquer impulso contrário
às regras e ideais por ele ditados; (2) forçar o ego a se comportar de maneira
moral, mesmo que irracional; e, (3) conduzir o indivíduo à perfeição, em
gestos, pensamentos e palavras. O superego forma-se após o ego, durante o
esforço da criança de introjetar os
valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele
pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não
apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos inaceitáveis; outra
característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou errado, sem
meio-termo). O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que
dita o bem a ser procurado, e a consciência (Gewissen),
que determina o mal a ser evitado.